quinta-feira, 29 de março de 2012

Lenine - Turnê do disco Chão

Demorou mas a começou a esperada turnê do cd "chão".
O início, como não poderia deixar de ser, foi no Recife, no teatro Luiz Mendonça.
Um show primoroso, íntimo, com o foco nos detalhes, nos sons, nas sensações.
O disco foi "traduzido" para show com muita competência, sem deixar nenhum dos elementos presentes nas canções da gravação de fora do espetáculo ao vivo. Bem, eu recomendo que você dê o play e escute as canções enquanto lê o resto do post


Uma apresentação bem diferente do que eu particularmente estou acostumado, pois o som de Lenine é muito percussivo, e a falta desse elemento foi substituída por sons naturais do cotidiano e arranjos diferentes, trazendo novas perspectivas até para velhas músicas do seu repertório. É inevitável ficar uma sensação de cadê? É agora! Por que ao invés de uma "pancada" nos ouvidos vinda da bateria multi-funcional do incrível Pantico Rocha, temos um acorde de violão de Lenine ou uma nota cheia de efeitos e malabarismos de Jr. Tostoi.


O sistema de som surround utilizado na turnê é muito legal, dá profundidade aos sons e os faz viajar por todo o teatro, faz com que o público fique ainda mais dentro clima do show. Em "A rede", ouvir o barulho do mar e o rangido de uma rede em meio aos acordes do violão, faz com que nós cheguemos um pouco mais próximo do que o autor quis dizer na música, de como ela foi composta. Um menino na platéia falou:  - Mãe, tem um passarinho aqui... - ao escutar os cantos de Frederico VI percorrerem os quatro cantos do teatro (apesar dele ser redondo!), espetacular.

 

Eu torço muito que essa turnê ganhe um cd ou um dvd, porque os arranjos de algumas músicas como Atirador e Candeeiro Encantado, deram uma cara nova a antigos sucessos mas sem deixar que esses  perdessem suas  identidades. Além de ser um Lenine se reinventando.

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Ps. Vale relatar aqui a desorganização na hora de conseguir lugares para sentar (não sei quem era responsável, se a produção do cantor ou do teatro), mas imaginem a minha surpresa ao descobrir (na hora) que os lugares não eram marcados, apesar de existir numeração nos ingressos. E o melhor é chegar para o funcionário do teatro e dizer: estou sem lugar, estão todos ocupados;  Ele prontamente responder: ali, e apontar para cadeiras de escritório colocadas atrás da platéia ¬¬


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Kristopher Kim
Um mundo antes de ser um homem!