Oi! este é meu blog! Onde publico meus textos: crônicas, contos, poesias...


(De setembro de 2014, após ouvirmos o coração de Bianca pela primeira vez)

Poema em inscrição
Fotografia em revelação
Notas de uma linda canção
Rascunho feito a quatro mãos...
...a obra mais inacabadamente completa e mais perfeitamente imperfeita!






Minha terra tem arranha céus,
e relógios que medem a qualidade do ar.
As buzinas que aqui soam,
não soam como lá.

Nosso céu tem mais helicópteros,
Nossas várzeas já não tem tantas flores,
Nossos bosques ainda preservam vidas,
Nossas vidas, ah! Essas continuam com vários amores.

Enrolando, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá.
Minha terra tem Palmeiras,
Conrinthians e o Guaratinguetá.

Minha terra tem construtores,
e obras, tais, que eu não encontro cá.
De bobeira, sozinho, à noite,
Mais programas eu encontro lá.
Na minha terra, a padoca tem pão com pingado,
Aqui, as padarias, como lá, nunca vão "cherá".

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá,
Sem que eu desfrute de um dia,
em que boa esteja a medição do ar.
Sem que eu deixe de ouvir as buzinas,
me apressando para a faixa atravessar.



Morre um homem.
Perde-se um político duvidoso.
Descobre-se um santo.
Aparecem: críticos,
especialistas, revolucionários,
reacionários e conspiracionistas.
Esperanças desaparecem, nascem oportunidades.
Nascem novas esperanças, perdem-se velhas oportunidades.
Famílias choram, outros riem.
milhões menos seis: comédia.
seis mais Um: tragédia.

No próximo ato recomeça...





Cor de castanhas,
claras e escuras,
cinzas, verdes, azuis... 
Servem  ver através e além.
Para se ver...
...ser visto.
Ver o todo e o mundo.
Para tentar ver o que há 
atrás de outras janelas:
se ver pequeno, 
refletindo,
indo e vindo,
parado e sorrindo.



Perdi uma poesia!
Que coisa mas incomum de se dizer.
Mas é que isso nunca havia me acontecido,

é uma sensação estranha, um sentimento esquisito!
Eu me lembro: já perdi a hora, as meias, o rumo e até a razão,

mas uma poesia, eu nunca havia perdido.
Já perdi a paciência, o controle, as chaves de casa, e os fones de ouvido,
mas uma poesia (veja só), eu nunca havia perdido.
Já perdi amigos, parentes, moedas, clips, dentes (até o siso),
mas uma poesia, eu nunca havia perdido.
Já havia perdido oportunidades: de empregos, de beijos, abraços, de falar, de ficar calado, de ter dormido (mais!), de ficar e de ter ido, mas uma poesia, eu... eu...
...essas, eu não lembrava de ter perdido!

Relógio

As coisas são
As coisas vêm
As coisas vão
As coisas
Vão e vêm
Não em vão
As horas
Vão e vêm
Não em vão

Fotografia: Kristopher Kim
Local: Museu da Língua Portuguesa (Estaçã da Luz) -  São Paulo

Amor
Humor
Fotografia: Kristopher Kim
Local: Museu da Língua Portuguesa (Estaçã da Luz) -  São Paulo


-  Tem dias em que nada dá certo, tem dias que tudo dá errado,
  e existem coisas que ninguém merecia ter passado:

um amor perdido,
um bar fechado,
encontrar com bandido,
e um violão desafinado.

Bem, pior poderia ter sido,
o lápis poderia estar desapontado...
author
Kristopher Kim
Um mundo antes de ser um homem!